Ecologia Urbana
Aula 13.11.07
Início da aula com apresentação de um documentário exibido pelo canal RTP 2, no programa Biosfera, acerca do Metabolismo das cidades e metabolismo circular.
Em resumo, neste programa falou-se sobre o tipo de metabolismo que se esta a usar nas cidades, ou seja o metabolismo linear, porque cerca de 80% da população mundial vive nas cidades, usando 75% dos recursos naturais do planeta. Dado a escassez cada vez mais acentuada dos recursos naturais, existe um incentivo por partes destas cidades para a adesão da reciclagem e da reutilização de materiais, já que Portugal recicla 15% do lixo, dando o exemplo através da reutilização das águas da chuva e os estudos elaborados nas universidades para a reciclagem de diversos tipos de materiais como cimentos, metais e líquidos.
Também foi falado das cidades integradas no programa loud carbon, onde a cidade do Porto faz parte reduzindo cerca de 30% do dióxido de carbono emitido para a atmosfera, através da utilização de meios de transporte cada vez menos poluentes (híbridos, eléctricos ou a gás natural).
(ver vídeo em anexo).
A aula seguiu com um exercício colectivo, onde foram distribuídas mandalas impressas a cada um dos alunos enquanto ouvíamos música instrumental. O exercício consistia inicialmente em relaxar e deixar os sentimentos fluírem de acordo com a música, simplesmente relaxar e pensar como aquela mandala poderia ser, o nosso planeta. À seguir deveríamos utilizar os materiais para pintura disponíveis, lápis de cor, marcadores, etc., para completar e colorir nossas mandalas de acordo com nossos sentimentos e desejos.
Passados alguns minutos, deixamos as mandalas sobre a mesa e partimos para uma visita de reconhecimento da FAUP junto com o professor Jacinto Rodrigues.
Iniciamos pelo piso superior, seguindo pelo corredor ao lado da sala do quinto ano até chegar a sala destinada ao laboratório de fotografia, onde pudemos ver as rachaduras na estrutura do edifício. A patologia em questão se localiza sobre o Auditório Fernando Távora e diz respeito a falta de adequação entre os materiais utilizados, pois a estrutura que suporta o vão do Auditório é feita por vigas metálicas e sobre estas vigas se apoiam as paredes de tijolo do piso superior, como a acomodação natural de um material é diferente do outro e não há entre eles nenhum material de transição, a acomodação da viga metálica foi muito superior à acomodação que o tijolo poderia suportar, provocando as rachaduras.
Seguimos para o piso inferior, onde fomos questionados quanto a percepção do local, a observar mais atentamente a área do foyer da Sala Nobre. Pudemos observar mais atentamente a Exposição Anuária, até chegarmos na base da rampa, onde pudemos contemplar o enquadramento do pátio e dos outros edifícios formado por uma das janelas.
Descemos a rampa de entrada e seguimos em direcção ao pátio exterior, onde dispensamos alguma atenção sobre a escada inclinada (escultórica), à pala construída atrás da área de exposição e que não se apoia na estrutura. Nesta pala podemos também observar a formação de estalactites. Seguimos pela área superior ajardinada do pátio em direcção ao Pavilhão Carlos Ramos, paramos uns instantes para observar a localização dos equipamentos de serviços (UTA´s). Contornamos o Pavilhão Carlos Ramos dedicando alguma atenção ao corte no desenho de uma parede posterior para a preservação da raiz de uma árvore, a distância entre os blocos do pavilhão, formando uma “porta” e também ao seu espaço e organização interior.
Continuamos a visita pelos pavilhões anexos à Casa Rosa, onde pudemos observar a estrutura em bambu com tecto verde desenvolvida durante o workshop do TIBÁ. Ao lado da Casa encontra-se uma antiga fonte de água do século XIX, que alimentava toda a área da antiga quinta e suas cavalariças. Posteriormente, devido a poluição, a água da fonte foi canalizada, servindo apenas para alimentar a horta.
Chegamos finalmente ao miradouro, com uma grande visão de toda a área da faculdade, onde podemos observar a relação existente entre os diversos espaços da faculdade, a relação do antigo, vernacular, com o construído. Neste mesmo lugar o professor Jacinto Rodrigues apresentou sua proposta para a FAUP, a proposta de uma faculdade sustentável, projecto a ser desenvolvido na disciplina durante o ano. Foram relembrados alguns atractivos do projecto, como sua implantação voltada a sul, área de maior incidência solar e seu possível aproveitamento, assim como o aproveitamento da corrente de vento marítima, a água disponível na propriedade e sua relação com possíveis hortas que auxiliariam as cantinas e o bar, para além da bela paisagem.
A visita aos espaços da faculdade, se apresentou como uma introdução ao trabalho a ser desenvolvido, onde antigos conceitos foram revisto e novos apresentados para uma futura discussão acerca da sustentabilidade deste edifício em específico, nesse sentido foram lançadas possíveis propostas para a reabilitação deste edifício aproveitando tudo o que o rodeia de modo a construir um ecosistema de metabolismo circular onde tudo se transforma e se aproveita.
Voltando para a sala, e mais uma vez para o exercício das mandalas, estas estavam trocadas, e pudemos reflectir alguns instantes sobre a imagem do trabalho desenvolvido pelos outros alunos da turma. Posteriormente fizemos um exercício que consistia em observar durante alguns segundos uma determinada cor específica e imediatamente depois cobri-la com papel branco, para que se observasse sua cor oposta. Este exercício segue o tratado das cores de Goethe, onde se apresentam as cores primárias, ou cores do cosmo, vermelho, azul e amarelo e seus opostos, as cores secundárias, ou cores da terra, respectivamente verde, laranja e violeta.
Como conclusão da aula, o professor Jacinto Rodrigues apresentou uma aula, onde explicou sobre o equilíbrio estável do ambiente, e o conceito de Biosfera, pesquisa realizada por Vernadsky, cientista da NASA em 1968.
A Biosfera é formada basicamente por pelas componentes do lugar, luz, água, terra e ar (bio+topo) e por seres vivos, classificados em produtores, consumidores e decompositores (bio+cinose).
Para além da Biosfera, deve-se considerar também a chamada Noosfera, mundo de pensamento, da criação humana, formada pela Tecnosfera.
E esta relação da Biosfera com a Noosfera actualmente está gerando uma ruptura no sistema, e acarretando o esgotamento, a contaminação e exclusão social.
Além das explicações teóricas sobre o tema também foram apresentados diversos exemplos de actividades práticas desenvolvidas por diversos países.
(ver vídeo em anexo).
Acta realizada por: Andrea Carolina Correia e Paula de Sousa Cicuto
Aula 13.11.07
Início da aula com apresentação de um documentário exibido pelo canal RTP 2, no programa Biosfera, acerca do Metabolismo das cidades e metabolismo circular.
Em resumo, neste programa falou-se sobre o tipo de metabolismo que se esta a usar nas cidades, ou seja o metabolismo linear, porque cerca de 80% da população mundial vive nas cidades, usando 75% dos recursos naturais do planeta. Dado a escassez cada vez mais acentuada dos recursos naturais, existe um incentivo por partes destas cidades para a adesão da reciclagem e da reutilização de materiais, já que Portugal recicla 15% do lixo, dando o exemplo através da reutilização das águas da chuva e os estudos elaborados nas universidades para a reciclagem de diversos tipos de materiais como cimentos, metais e líquidos.
Também foi falado das cidades integradas no programa loud carbon, onde a cidade do Porto faz parte reduzindo cerca de 30% do dióxido de carbono emitido para a atmosfera, através da utilização de meios de transporte cada vez menos poluentes (híbridos, eléctricos ou a gás natural).
(ver vídeo em anexo).
A aula seguiu com um exercício colectivo, onde foram distribuídas mandalas impressas a cada um dos alunos enquanto ouvíamos música instrumental. O exercício consistia inicialmente em relaxar e deixar os sentimentos fluírem de acordo com a música, simplesmente relaxar e pensar como aquela mandala poderia ser, o nosso planeta. À seguir deveríamos utilizar os materiais para pintura disponíveis, lápis de cor, marcadores, etc., para completar e colorir nossas mandalas de acordo com nossos sentimentos e desejos.
Passados alguns minutos, deixamos as mandalas sobre a mesa e partimos para uma visita de reconhecimento da FAUP junto com o professor Jacinto Rodrigues.
Iniciamos pelo piso superior, seguindo pelo corredor ao lado da sala do quinto ano até chegar a sala destinada ao laboratório de fotografia, onde pudemos ver as rachaduras na estrutura do edifício. A patologia em questão se localiza sobre o Auditório Fernando Távora e diz respeito a falta de adequação entre os materiais utilizados, pois a estrutura que suporta o vão do Auditório é feita por vigas metálicas e sobre estas vigas se apoiam as paredes de tijolo do piso superior, como a acomodação natural de um material é diferente do outro e não há entre eles nenhum material de transição, a acomodação da viga metálica foi muito superior à acomodação que o tijolo poderia suportar, provocando as rachaduras.
Seguimos para o piso inferior, onde fomos questionados quanto a percepção do local, a observar mais atentamente a área do foyer da Sala Nobre. Pudemos observar mais atentamente a Exposição Anuária, até chegarmos na base da rampa, onde pudemos contemplar o enquadramento do pátio e dos outros edifícios formado por uma das janelas.
Descemos a rampa de entrada e seguimos em direcção ao pátio exterior, onde dispensamos alguma atenção sobre a escada inclinada (escultórica), à pala construída atrás da área de exposição e que não se apoia na estrutura. Nesta pala podemos também observar a formação de estalactites. Seguimos pela área superior ajardinada do pátio em direcção ao Pavilhão Carlos Ramos, paramos uns instantes para observar a localização dos equipamentos de serviços (UTA´s). Contornamos o Pavilhão Carlos Ramos dedicando alguma atenção ao corte no desenho de uma parede posterior para a preservação da raiz de uma árvore, a distância entre os blocos do pavilhão, formando uma “porta” e também ao seu espaço e organização interior.
Continuamos a visita pelos pavilhões anexos à Casa Rosa, onde pudemos observar a estrutura em bambu com tecto verde desenvolvida durante o workshop do TIBÁ. Ao lado da Casa encontra-se uma antiga fonte de água do século XIX, que alimentava toda a área da antiga quinta e suas cavalariças. Posteriormente, devido a poluição, a água da fonte foi canalizada, servindo apenas para alimentar a horta.
Chegamos finalmente ao miradouro, com uma grande visão de toda a área da faculdade, onde podemos observar a relação existente entre os diversos espaços da faculdade, a relação do antigo, vernacular, com o construído. Neste mesmo lugar o professor Jacinto Rodrigues apresentou sua proposta para a FAUP, a proposta de uma faculdade sustentável, projecto a ser desenvolvido na disciplina durante o ano. Foram relembrados alguns atractivos do projecto, como sua implantação voltada a sul, área de maior incidência solar e seu possível aproveitamento, assim como o aproveitamento da corrente de vento marítima, a água disponível na propriedade e sua relação com possíveis hortas que auxiliariam as cantinas e o bar, para além da bela paisagem.
A visita aos espaços da faculdade, se apresentou como uma introdução ao trabalho a ser desenvolvido, onde antigos conceitos foram revisto e novos apresentados para uma futura discussão acerca da sustentabilidade deste edifício em específico, nesse sentido foram lançadas possíveis propostas para a reabilitação deste edifício aproveitando tudo o que o rodeia de modo a construir um ecosistema de metabolismo circular onde tudo se transforma e se aproveita.
Voltando para a sala, e mais uma vez para o exercício das mandalas, estas estavam trocadas, e pudemos reflectir alguns instantes sobre a imagem do trabalho desenvolvido pelos outros alunos da turma. Posteriormente fizemos um exercício que consistia em observar durante alguns segundos uma determinada cor específica e imediatamente depois cobri-la com papel branco, para que se observasse sua cor oposta. Este exercício segue o tratado das cores de Goethe, onde se apresentam as cores primárias, ou cores do cosmo, vermelho, azul e amarelo e seus opostos, as cores secundárias, ou cores da terra, respectivamente verde, laranja e violeta.
Como conclusão da aula, o professor Jacinto Rodrigues apresentou uma aula, onde explicou sobre o equilíbrio estável do ambiente, e o conceito de Biosfera, pesquisa realizada por Vernadsky, cientista da NASA em 1968.
A Biosfera é formada basicamente por pelas componentes do lugar, luz, água, terra e ar (bio+topo) e por seres vivos, classificados em produtores, consumidores e decompositores (bio+cinose).
Para além da Biosfera, deve-se considerar também a chamada Noosfera, mundo de pensamento, da criação humana, formada pela Tecnosfera.
E esta relação da Biosfera com a Noosfera actualmente está gerando uma ruptura no sistema, e acarretando o esgotamento, a contaminação e exclusão social.
Além das explicações teóricas sobre o tema também foram apresentados diversos exemplos de actividades práticas desenvolvidas por diversos países.
(ver vídeo em anexo).
Acta realizada por: Andrea Carolina Correia e Paula de Sousa Cicuto