Ecologia Urbana: Artigo do Eng. Tiago Mateus - O potencial energético da floresta portuguesa

16.3.07

Artigo do Eng. Tiago Mateus - O potencial energético da floresta portuguesa

O aproveitamento da biomassa florestal para fins energéticos é encarado não só como um instrumento de luta contra incêndios e contra a redução de GEE, como é um factor positivo para oportunidades de negócio em diversas fileiras, para o desenvolvimento económico e criação de emprego em zonas rurais, para a redução da dependência energética e contribuição para o mix energético. (clique aqui para visualizar o artigo completo)

programa da disciplina

OBJECTIVOS:

Esta cadeira pretende fomentar a reflexão e discussão sobre a situação de desastre ecológico que vivemos. É assim uma introdução à ecosofia no estudo do território e sociedade, da natureza e da técnica, utilizando uma metodologia da complexidade sistémica. Trata-se assim de compreender a intervenção humana na biosfera, ao longo dos vários paradigmas civilizacionais. A partir da crítica do paradigma mecanicista introduz-se a visão ecosistémica da abordagem da paisagem antrópica, tratando-se as questões urbanas e a organização territorial dentro das perspectivas dum desenvolvimento ecologicamente sustentado.

PROGRAMA :

1.Temas teóricos estruturantes:
1.1.História do desenvolvimento do pensamento ecológico em contraponto ao esgotamento, contaminação e exclusão social. 1.2.Globalização e planetarização: a geopolítica e a reestruturação do território mundial contemporâneo; Características actuais da metropolização: megapolização e metapolização; Reflexão sobre o poder e território na procura duma estratégia ecológica para um jardim planetário.
1.3.Estudo do processo de urbanização e alternativas contemporâneas: da cidade termodinâmica e dissipativa ao eco-urbanismo; O desenvolvimento ecologicamente sustentado; Abordagem da situação mundial e da situação em Portugal.

2. Indice de problemáticas:
2.1.A ecologia: olhar novo no campo da construção da ciência ou reducionismo disciplinar dum saber técnico;
2.2.Abordagem sistémica e complexa;
2.3.Ciência com consciência;
2.4.Biosfera, ecosistema, biocenose e biótopo – chaves da ecologia;
2.5.A ecoeducação e o futuro do ensino – repensar o pensamento para repensar a paisagem;
2.6.Contribuição de Vernadsky, James Lovelock, Joel Rosnay e Edgar Morin;
2.7.Interpretação ecológica da história humana;
2.8.As metamorfoses da biosfera e da sociedade;
2.9Da economia recolectora à sociedade pós-industrial; 2.10.Mudanças ecosistémicas civilizacionais;
2.11.Uma história verde ao longo das mudanças nas relações sociais, nas formas de poder e nos complexos técnico-energéticos e civilizacionais;
2.12.Interpretação da natureza segundo as várias cosmogonias: o ocidente judaico-cristão, o hinduísmo, o panteísmo africano, etc.;
2.13.Da antiguidade à modernidade e pós-modernidade; 2.14.Abordagem ao pensamento de Thomas Khun, Habermas e Lewis Mumford;
2.15.Tecnocratismos versus ecocentrismos;
2.16.Balanço do estado actual do mundo (problemas globais); 2.17.Modelo de crescimento e suas consequências;
2.18.O ecodesenvolvimento e o eco-urbanismo: abordagem bioeconómica;
2.19.Reflexão sobre o pensamento de René Passet e Jean Marie Pelt;
2.20.Portugal face à crise actual: alternativas para um desenvolvimento ecologicamente sustentado;

METODOLOGIA:

A cadeira desenvolve-se em torno de temas gerais, procurando integrar na visão global dos problemas teóricos o estudo de casos concretos. Isto implica uma reflexão epistemológica sobre conceitos usuais na organização do território e uma abordagem transdisciplinar às principais intervenções urbanas da contemporaneidade. Dossiers de problemas que constituem pontos decisivos de debate a nível mundial, nacional e local, surgem como elementos de investigação e reflexão nas aulas práticas: poluição, reciclagem, espaços públicos, lixos, planeamento territorial e intervenção urbana, transportes, energias renováveis, bioconstrução, etc. Esta investigação permitirá distinguir o crescimento baseado na esgotabilidade, na contaminação e na exclusão social, dum desenvolvimento cujo metabolismo circular se baseia nas energias renováveis e limpas, na reciclagem e na cooperação social.

AVALIAÇÃO:

A avaliação é feita dum modo contínuo, através das aulas práticas com a apresentação dos trabalhos dos alunos, havendo também ao longo do ano provas de avaliação, em cada período, sobre os temas teóricos abordados.

BIBLIOGRAFIA ESSENCIAL:

Acot, Pascal, "História da Ecologia", Ed. Compus, Brasil, 1990 Hough, Michael, "Cities and natural process", 1995
Lamy, Michel, "As camadas ecológicas do homem", Ed.lnstituto Piaget, 1995
Morin, Edgar, "O Método", Ed. Europa-América, 5 volumes Rodrigues, Jacinto, "A Conspiração solar do padre Himalaya", Ed. Árvore, Porto, 1999
Rodrigues, Jacinto, "Arte, natureza e cidade", Ed. Árvore, 1992 Rosnay, Joel, "L'Homme symbiotique", Ed. Seuil, Paris, 1995
Ruano, Miguel, "Eco-urbanismo", Ed. G.G., 1999
Sachs, I., "Quelles villes pour quel develloppement" (dir.), Paris, PUF, 1996

Revistas e Jornais:
Arquitectura e Vida
Episteme – Revista da Universidade Técnica de Lisboa Herodote
Jornal A Página da Educação (ver arquivo: artigos de Jacinto Rodrigues)
Endereços electrónicos : www.urbamet.com (Centre de Documentation et de l’Urbanisme)
www.certu.fr/international (CERTU)
www.eolsocial.free.fr
www.apagina.pt

Filmes:
« A Utopia do Padre Himalaya »
« Ecology and design »
« Et nous souleverons le monde »
« Les énergies renouvelables »
« Ecoconstruction »
« Soleri’s Cities : Architecture for Planet Earth and Beyond »
« Atlantis project art and meditation »
« The Findhorn Foundation – Straight from the Heart »
« Building with Bags »

Biografia do Prof. Doutor Jacinto Rodrigues

Jacinto Rodrigues, Professor Catedrático da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. Prova de Agregação em Teoria de Arquitectura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto; Doutoramento em História de Arte pela Universidade Nova de Lisboa; Licenciatura em Filosofia pela Universidade do Porto; “Licence” e “Maitrise” de Urbanismo pela Universidade de Paris VIII. “Certificat de Sociologie Génerale » pela Universidade de Paris – Sorbonne. Frequentou um curso no IRFED (Institut de Recherche et Formation pour l’Éducation et le Developpement) sendo bolseiro da ONU para os refugiados políticos. Foi docente da “Université de Picardie”, em Amiens e da “École d’Architecture” em Rennes. Participou em diversos colóquios, seminários e congressos, nacionais e internacionais. Realizou várias conferências em Portugal e no estrangeiro. Participou em vários debates e mesas-redondas, alguns dos quais na rádio e na televisão. Publicou vários artigos em Revistas e Jornais, nacionais e internacionais. Destacam-se da sua bibliografia, no âmbito da ecologia, arquitectura e urbanismo, os seguintes livros: “Urbanismo e Revolução”, Ed. Afrontamento, Porto, 1975, publicado também em francês e castelhano; “Urbanismo, uma prática social e política”, Ed. Limiar, Porto, 1976; “A Bauhaus e o ensino artístico”, Ed. Presença, Lisboa, 1989; “Arte e Arquitectura de R. Steiner”, Ed. Civilização, Porto, 1990; “Siza Vieira, Obra e Método”, Ed. Civilização, Porto, 1992; “Arte, Natureza e Cidade”, Ed. Árvore, Porto, 1993; “A Conspiração Solar do Padre Himalaya”, Ed. Árvore, Porto, 1999; “Sociedade e Território - Desenvolvimento Ecologicamente Sustentado”, Profedições, Porto, 2006 Participou como actor e co-argumentista no filme “A Utopia do Padre Himalaya”, produzido pela LX Filmes, Lisboa, 2005 e baseado no livro da sua autoria “A Conspiração solar do Padre Himalaya”. Contacto: FAUP Rua do Gólgota, 215 4150-755 Porto Portugal e.mail: jacintorodrigues@sapo.pt

Johan Van Lengen

Fundador e professor de Bio-Arquitectura e Tecnologia Intuitiva. natural da Holanda, deixou nos anos setenta uma bem sucedida carreira como arquitecto na Califórnia para se dedicar à busca de melhoramentos nas moradias populares. Nesta condição, trabalhou para várias agências governamentais, inclusive para as Nações Unidas, e especialmente na América Latina. Após ter sido pesquisador de energia solar na UNICAMP, continuou desenvolvendo novas ideias em tecnologia da construção. A sua preocupação em informar o usuário directo resultou na criação e elaboração do Manual do Arquitecto Descalço, obra considerada pelos especialistas desta áres como indispensável para a compreensão e emprego de tecnologias apropriadas em construção sustentável. Voltando ao Brasil, fundou o Instituto TIBÀ, criando assim um instrumento para disseminação de uma arquitectura mais integrada com a natureza. Neste momento, na PUC do Rio de Janeiro, dá aulas na nova escola de Arquitectura.

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