Ecologia Urbana

Blog da disciplina de ecologia urbana, do 5º ano da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, docência do Professor Doutor Jacinto Rodrigues

30.5.08

1ª Conferência Internacional sobre Ensino, Investigação e Desenvolvimento em Angola - Universidade do Minho 15 a 17 de Maio 2008


O Professor Jacinto Rodrigues fez uma comunicação na 1ª Conferência Internacional sobre Ensino, Investigação e Desenvolvimento em Angola, na Universidade do Minho, Braga no dia 15 de Maio e cujo resumo se segue:

Jacques Delors, no Relatório apresentado à UNESCO, pela Comissão Internacional sobre Educação para o Séc. XXI , em 1999, refere os quatro pilares necessários para uma mudança de paradigma educativo:
a) aprender a conhecer;
b) aprender a fazer;
c) aprender a viver em conjunto;
d) aprender a ser;
Contudo, este modelo educativo terá que ser inserido num paradigma mais vasto. Um novo paradigma civilizacional. Nesse novo paradigma civilizacional teremos que rever a questão do modo de produção, dos tipos de energia e dos processos e meios tecnológicos.
Na actual situação ecológica de esgotamento da biosfera (energia, espécies e bens naturais) de contaminação poluitiva (poluições globais, secas, mudanças climáticas etc.) e exclusão social, terá que se impor uma mudança não apenas no modelo operativo mas, se queremos sobreviver e viver numa relação simbiótica com a natureza, no processo civilizacional.
A tecnosfera produzida pelo homem gerou pontos de ruptura com a biosfera que já não possui força regenerativa face ao referido esgotamento e contaminação. São claros também os sintomas de crise profunda na sociedade, alargando-se o fosso entre ricos e pobres, gerando-se conflitualidade e violência face às dissimetrias regionais e internacionais, até à fome, miséria e genocídio.
A concorrência desenfreada e a competitividade predatória estão a desarticular toda a eco-economia essencial da biosfera, gerando incontroláveis situações catastróficas: mudanças climáticas, catástrofes naturais, desertificação e perca de biodiversisdade nos ecosistemas.
Neste sentido, o paradigma pedagógico, tal como o pensamento e a cultura e o modo de vida em geral, terão de se ecologizar.
O que propomos para o paradigma pedagógico é ecologizá-lo. Assim, ecologizar a proposta de Jacques Delors é:
a)Eco-empreender , isto é fazer ecologicamente as actividades tecno-estruturais;
b)Eco-aprender a aprender, isto é, aprender a conhecer com o pensamento ecologizado;
c)Eco-aprender a viver em conjunto e em solidariedade para com a biosfera,
criando as simbioses necessárias entre natureza, ecotecnologia e eco-sociedade.
d)Aprender a ser ecologicamente, para se poder viver em harmonia com a
existência saudável duma biosfera.
Só a partir desta orientação estratégica, se podem elaborar os currículos de formação adequados ao ecodesenvolvimento. Esses currículos articulam-se ainda de forma tripartida, embora, sistemicamente em interacção:
a) Formação, no sentido das necessidades de autonomia alimentar, construtiva e
logística de base – Eco-emprender – fazer;
b) Formação criativa, relacional e ainda higiene e saúde – Eco-relacionar-se com os outros e com a biosfera;
c) Eco-apreender saberes para uma estratégia de eco-desenvolvimento.
Interessa compreender que toda essa triarticulação de currículos se relaciona com um trabalho de auto-desenvolvimento para uma consciência auto-reflexiva que tem a ver com a dimensão do ser, de que também fala Jacques Delors. Só com esse trabalho, de definição paradigmática e de estratégias curriculares adequadas, poderemos definir uma conveniente gestão da cultura e do ensino.
A problemática da cultura e do ensino tem a ver com o modelo de desenvolvimento que se discute actualmente na U.E. e no mundo e que assenta numa oscilação entre o neoliberalismo, cujo interesse se articula em torno do mercado e dos interesses lucrativos das multinacionais e o capitalismo de Estado, previdencialista, em que a regulação económica se faz através do “neokainesianismo” ou através do planeamento do Estado autocrático.
Porém, esta situação aparentemente dicotómica tem, afinal, três sujeitos. Aquilo a que se chama o triângulo de “Krohm”.
Com efeito, para além da polaridade Empresa/Estado, existe a expressão duma sociedade autónoma cuja expressão se traduz na auto-gestão participativa e cooperante.
Neste sentido, a questão não é mais Estado ou mais Empresa privada, mas mais sociedade civil auto-organizada.
Por isso, o ensino e a cultura, no desenvolvimento ecologicamente sustentado, terá cada vez mais a ver com a organização consciente e participativa da sociedade civil e menos a ver com formas de mercadoria lucrativa, na órbita das multinacionais ou das manipulações ideológicas do Estado autoritário.

Conferência PEDAGOGIA PARA UMA SUSTENTABILIDADE - Universidade da Beira Interior - Covilhã 7 de Maio 2008







Integrada no IV Ciclo de Conferências em Arquitectura, da Universidade da Beira Interior, o Professor Jacinto Rodrigues realizou uma palestra sobre Pedagogia para uma Sustentabilidade.

Seminário "O Metabolismo Circular e o Eco-Urbanismo" Escola Universitária Vasco da Gama - 23 de Abril de 2008

O Professor Jacinto Rodrigues realizou, no dia 23 de Abril de 2008, a convite da Escola Universitária Vasco da Gama, em Coimbra, um Seminário sobre o Metabolismo circular e o eco-urbanismo.


27.5.08

Actividades pedagogicas - integraçao ao trabalho de grupo (1º semestre)

Algumas das actividades da disciplina de Ecologia da Faup (2007/2008) em video. Dez minutinhos a nao perder. Cortesia do nosso simpatico e ecologico amigo Andre Scarpa. Obrigado Scarpa.

Nota: Nenhum animal foi ferido, nem nenhum rio poluido na elaboraçao deste video. Foi tudo feito digitalmente.

Ivan Dejmal

Introducão

Ivan Dejmal foi um ecologista, arquitecto do ambiente, político e líder as organizações anticomunistas. Ele foi uma pessoa muito importante no cenário político, interessando-se pela protecção do ambiente natural sendo um dos fundadores das leis desta disciplina na República Checa. Ele também criou algumas organizações ecológicas e promoveu conferências onde os problemas são ainda hoje resolvidos.




por Helena Kopová 5°Ano FAUP

20.5.08

ECOSFERAS - CONCEITO



Sustentabilidade

1_DEFINIÇÂO DO CONCEITO: EXEMPLO PRÁTICO.

A ecosfera original (Ecosferas®) nasceu da investigaçâo aeroespacial da Nasa. Se procuravam sistemas fechados no espaço onde os astronautas pudermam viver en viajes longes. Queríanm encontrar um entorno autosuficiente, producendo alimentos e oxigeno para a tripulaçâo e manter a àgua e o aire limpo y reutilizable. A Nasa deu esta tecnología para que o pessoal pudiesse compreender melhor o equilibrio na natureza. E estos pequenos munos tâo fascinantes sâo as Ecoesferas.

É o primer ecosistema totalmente fechado; un mundo pequeno completo e autosuficiente dentro duma bola de cristal. Fácilmente manejable, uma ecosfera é um elemento de aprendizajem que vai proporcionar informaçâo interesante sobre a vida no nosso planeta, assim como uma mostra da tecnología para a futura exploraçâo do espacio.

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Num sustrato de água marina filtrada habitam os camarôes vermelhos, com outrosmicroorganismos activos e algas.Debido a que la ecosfera es un ecosistema autosuficiente, no es necesario ningún aporte alimenticio externo.

Simplesmente deve fornecer a seu ecosphere uma contribuição da luz indireta natural ou artificial que reserva para manter o ciclo biológico, para apreciar este jogo da arte e a ciência, a beleza e o contrapeso. Para ser um sistema closed e independente, os recursos vivos do trabalho de Ecospheres sem contaminar o medio.ambiente, de modo que o ecosphere não necessite limpar e somente ele requerem um cuidado mínimo. A expectativa média da vida de Ecospheres realiza-se de dois a cinco anos, embora algumas caixas dos shrimps ocorram que começaram alcançar os 20 anos em seu ecosphere. Vê o manual para uma informação mais grande sobre o ecosphere.

O ecosistema está formado por os camarôes, o àgua filtrada, as algas, a gorgonia e a gravilla.
A Ecosfera é um exemplo de desarrollo sostenivel.

No caso do que estamos a falar só há de requerir luz externa para a sua auto-suficiença.
A luz e o dióxido de carbono permite a produçâo de oxígeno das algas, e os camarôes alimntam-se das algas e bacterias, e respiram o oxígeno gerado pelas algas na fotosíntesis.
Os camarôes e as bacteria producem também dióxido de carbono que é o que precisam as algas para producir oxígeno.

Produce-se portanto un sistema fechado e auto-suficiente

2_FONTES

2.1.- Sites

http://www.ecosferas.com/
www.ecosferaportuguesa.blogspot.com/

Referências da NASA:

http://spaceplace.nasa.gov/sp/kids/earth/wordfind/
http://www.nas.nasa.gov/About/Education/SpaceSettlement/teacher/lessons/bryan/ecosys/


Luis Quintano Navarro / Ecología Urbana 2007-08 / Erasmus FAUP

JOSE ORTEGA GASSET

1_VIDA E PENSAMENTO

1.1_ Biografia

Filósofo espanhol. Nasceu em Madrid
, 9 de Maio de 1883 e morreu no 18 de Outubro de 1955.

Ortega y Gasset iniciou os seus estudos no colégio de Jesuítas em Miraflores, Málaga (1891-97), frequentou a Universidade de Direito em Bilbao (1897-98) e a Universidade Central de Madrid (1898-1904) onde se doutorou em Filosofia (1904).

Continuou os seus estudos na Universidade de Berlim, Leipzig e Marburg entre 1905 e 1907, tendo trabalhado dois anos como professor na Escola Superior de Magistratura em Madrid.
Em 1910 foi nomeado professor de Metafísica na Universidade Central de Madrid. Nesse mesmo ano contraiu matrimónio com Rosa Spottorno Topete com quem constituiu família.

Ortega y Gasset fundou diversas revistas e jornais, como por exemplo o jornal Faro (1908), a revista Espanha (1915-23) e a influente Revista de Ocidente (1923-36), bem como alguns grupos com funções políticas, nomeadamente a Liga de Educação Política Espanhola (1914) e o grupo de serviço à Republica (1931).

Em 1930, Ortega y Gasset publicou uma das suas melhores obras, La Rebelion das Massas, onde caracteriza a sociedade do século XX .

Em 1931, após a queda do ditador Miguel Primo de Rivera e da monarquia, é declarada a segunda República Espanhola, sendo Ortega y Gasset eleito deputado pela província de León no novo congresso.

Durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39) Ortega y Gasset é voluntariamente exilado na Europa e na Argentina, onde permaneceu até 1942, uma vez que não estava disposto a exercer as suas funções durante o regime de Franco.

Em 1945, após o final da 2ª Guerra Mundial, Ortega y Gasset voltou a Espanha, mais concretamente a Madrid, depois de ter estado exilado em Lisboa desde 1942. Em 1948 fundou o Instituto de Humanidades em Madrid.

Durante toda a sua vida Ortega y Gasset pronunciou inúmeras conferências em diversos países como a Alemanha, Suíça e Estados Unidos da América. Publicou também imensas obras. José Ortega y Gasset deu a sua última conferência em Veneza em 1955. Faleceu em Madrid a 17 de Outubro desse mesmo ano sendo sepultado no cemitério de San Isidro.
Ortega y Gasset é considerado o maior filósofo espanhol, tendo influenciado grandemente o renascimento cultural e literário de Espanha no século XX.

A sua contribuição mais importante foi a teoria de “Eu sou eu e a minha circunstância”, estudando a importância do contexto na formação da nossa pessoalidade.

1.2.- Eu sou eu e a minha circunstância

Com a frase “Eu sou eu e as minhas circunstâncias “ Ortega insiste no que rodeia o homem, não só o mais imediato, senão também o remoto; não só o físico, também o histórico e espiritual.

Na opinião de Ortega, o homem é o problema da vida e percebe a vida como algo concreto, incomparável, único: “A vida é o individual”; se calhar, “Eu no mundo”; e esse mundo é uma coisa ou uma suma delas, senão um cenário, porque a vida é tragédia ou drama, algo que o homem faz e acontece com as coisas.

Viver e um relacionamento com o mundo, uma direcção a ele, uma preocupação com ele. Noutros termos, “a realidade que rodeia homem produz a outra metade da nossa pessoalidade”

O homem é um ser submergido numa circunstância (ou natureza) e esta representa varias concepções do seu estado físico e mental.

Assim o homem tem a missão da satisfação das circunstâncias, tem a tarefa da criação da “Técnica” e pomos definir como: “ a reforma que o homem impõe à natureza para conseguir a satisfação das suas necessidades.

2_EXEMPLO DE APLICAÇÂO NA ARQUITECTURA

2.1.- CASA MALAPARTE. Adalberto Libera

Arquitecto: Adalberto Libera
Cliente: Curzio Malaparte
Cidade: Capri (Italia)
Anos: 1940

A Casa Malaparte de Adalberto Libera é uma das obras mais interessantes na história da arquitectura, mas a sua importância radica não só nas suas qualidades arquitectónicas próprias, senão na sua atitude no relacionamento com o contexto. É um exemplo único e aproveita as circunstâncias externas para fazer a obra mais interessante. A paisagem e a Casa na sua união conseguem um lugar incrível, é mesmo fácil observar como a casa fora do contexto não poderia conseguir o mesmo efeito, mas também como o paisagem sem a obra não poderia ser único.
Como Ortega dizia “Eu sou eu e as minhas circunstâncias”, a Casa Malaparte é ela mesma e as circunstancias, e não só o paisagem.

São muitas experiencias de artistas que nós fazem pensar na importância do contexto, seja como exemplo Marcel Duchamp. Na obra “Fountain” Duchamp percebe como as coisas mudam de realidade fora do seu contexto mais previsível. Os factores externos sâo tão importantes como os próprios objectos.

Este exemplo faz perceber como se pode fazer arquitectura não só com respeito à natureza senão que melhore as suas próprias condições, consegue seja ainda mais belo.

3.- BIBLIOGRAFIA

ORTEGA Y GASSET

-
www.ortegaygasset.edu/

- es.wikipedia.org/wiki/José_Ortega_y_Gasset



CASA MALAPARTE

- es.wikipedia.org/wiki/Casa_Malaparte

-
www.mansilla-tunon.com/circo/epoca5/pdf/2002_105.pdf
(Artículo para a revista Circo dos arquitectos espanhois Emlio Tuñón y Luis Moreno Mansilla)

Luis Quintano Navarro / Ecología Urbana 2007-08 / FAUP

Tampas de plástico - vale a pena separar!




Toda a gente sabe que se devem recolher as tampas plásticas, antes de mandar as garrafas para reciclar. Os miúdos recolhem montes delas em casa, para entregar na escola, e muitos quilos juntos prometem a oferta de uma cadeira de rodas a uma instituição. Nada de novo.
Quando eu pensava que a razão de tanto interesse nestas tampas tinha a ver com o facto de o plástico nelas utilizado parecer ter maior qualidade, maior densidade, e que por isso seria um desperdício misturá-lo com o restante, eis que descubro que afinal existe uma razão bem mais interessante para o fenómeno.
Ora poucas são as pessoas que comprimem as garrafas e as tampam, de forma a reduzir em muito o seu volume. O normal era as garrafas serem atiradas, quer para o lixo comum quer para o ecoponto, no seu tamanho normal e com a tampa. Apesar de os camiões do lixo fazerem uma primeira compressão do volume recolhido, essas garrafas com a tampa não sofriam a compressão por estarem cheia de ar "engarrafado", e ocupavam muito espaço quer nos camiões de recolha, quer mais tarde nos aterros (as que não são separadas).
Daí que os ganhos que permitem oferecer as cadeiras de rodas se consigam apenas através dessa economia de espaço, que se traduz em menos volume de transporte (logo menos camiões, menos combustível, menos poluição) e menos volume de lixo para aterrar (apesar de ser inadmissível que se continuem a enviar garrafas de plástico para o lixo comum).
De felicitar ainda o novo detergente skip que, ao ser verdade o que diz a publicidade, reduz para metade a quantidade de água presente no detergente, sendo que poupa em espaço e em transporte. Dá que pensar.. se repararmos na maioria dos nossos produtos caseiros, sejam eles detergentes, sumos, produtos de higiene, etc., a maior percentagem da sua composição é constituída por água. Ora andam aí grandes camiões cuja maior percentagem da matéria que transportam é.. ÁGUA! Misturada com todo o tipo de produtos.. que necessitam de embalagens duplamente maiores!! Não seria tudo mais limpo se esses produtos estivessem disponíveis em versão concentrada, e toda a água necessária pudesse ser acrescentada no momento da sua utilização, directamente da canalização de nossa casa que nos traz a água de forma mais limpa do que a imensa quantidade dos camiões das transportadoras?
Fica a ideia..

19.5.08

Actividades em Ecologia Urbana - Aula 13.11.07




Ecologia Urbana
Aula 13.11.07

Início da aula com apresentação de um documentário exibido pelo canal RTP 2, no programa Biosfera, acerca do Metabolismo das cidades e metabolismo circular.

Em resumo, neste programa falou-se sobre o tipo de metabolismo que se esta a usar nas cidades, ou seja o metabolismo linear, porque cerca de 80% da população mundial vive nas cidades, usando 75% dos recursos naturais do planeta. Dado a escassez cada vez mais acentuada dos recursos naturais, existe um incentivo por partes destas cidades para a adesão da reciclagem e da reutilização de materiais, já que Portugal recicla 15% do lixo, dando o exemplo através da reutilização das águas da chuva e os estudos elaborados nas universidades para a reciclagem de diversos tipos de materiais como cimentos, metais e líquidos.

Também foi falado das cidades integradas no programa loud carbon, onde a cidade do Porto faz parte reduzindo cerca de 30% do dióxido de carbono emitido para a atmosfera, através da utilização de meios de transporte cada vez menos poluentes (híbridos, eléctricos ou a gás natural).
(ver vídeo em anexo).

A aula seguiu com um exercício colectivo, onde foram distribuídas mandalas impressas a cada um dos alunos enquanto ouvíamos música instrumental. O exercício consistia inicialmente em relaxar e deixar os sentimentos fluírem de acordo com a música, simplesmente relaxar e pensar como aquela mandala poderia ser, o nosso planeta. À seguir deveríamos utilizar os materiais para pintura disponíveis, lápis de cor, marcadores, etc., para completar e colorir nossas mandalas de acordo com nossos sentimentos e desejos.

Passados alguns minutos, deixamos as mandalas sobre a mesa e partimos para uma visita de reconhecimento da FAUP junto com o professor Jacinto Rodrigues.

Iniciamos pelo piso superior, seguindo pelo corredor ao lado da sala do quinto ano até chegar a sala destinada ao laboratório de fotografia, onde pudemos ver as rachaduras na estrutura do edifício. A patologia em questão se localiza sobre o Auditório Fernando Távora e diz respeito a falta de adequação entre os materiais utilizados, pois a estrutura que suporta o vão do Auditório é feita por vigas metálicas e sobre estas vigas se apoiam as paredes de tijolo do piso superior, como a acomodação natural de um material é diferente do outro e não há entre eles nenhum material de transição, a acomodação da viga metálica foi muito superior à acomodação que o tijolo poderia suportar, provocando as rachaduras.
Seguimos para o piso inferior, onde fomos questionados quanto a percepção do local, a observar mais atentamente a área do foyer da Sala Nobre. Pudemos observar mais atentamente a Exposição Anuária, até chegarmos na base da rampa, onde pudemos contemplar o enquadramento do pátio e dos outros edifícios formado por uma das janelas.

Descemos a rampa de entrada e seguimos em direcção ao pátio exterior, onde dispensamos alguma atenção sobre a escada inclinada (escultórica), à pala construída atrás da área de exposição e que não se apoia na estrutura. Nesta pala podemos também observar a formação de estalactites. Seguimos pela área superior ajardinada do pátio em direcção ao Pavilhão Carlos Ramos, paramos uns instantes para observar a localização dos equipamentos de serviços (UTA´s). Contornamos o Pavilhão Carlos Ramos dedicando alguma atenção ao corte no desenho de uma parede posterior para a preservação da raiz de uma árvore, a distância entre os blocos do pavilhão, formando uma “porta” e também ao seu espaço e organização interior.

Continuamos a visita pelos pavilhões anexos à Casa Rosa, onde pudemos observar a estrutura em bambu com tecto verde desenvolvida durante o workshop do TIBÁ. Ao lado da Casa encontra-se uma antiga fonte de água do século XIX, que alimentava toda a área da antiga quinta e suas cavalariças. Posteriormente, devido a poluição, a água da fonte foi canalizada, servindo apenas para alimentar a horta.

Chegamos finalmente ao miradouro, com uma grande visão de toda a área da faculdade, onde podemos observar a relação existente entre os diversos espaços da faculdade, a relação do antigo, vernacular, com o construído. Neste mesmo lugar o professor Jacinto Rodrigues apresentou sua proposta para a FAUP, a proposta de uma faculdade sustentável, projecto a ser desenvolvido na disciplina durante o ano. Foram relembrados alguns atractivos do projecto, como sua implantação voltada a sul, área de maior incidência solar e seu possível aproveitamento, assim como o aproveitamento da corrente de vento marítima, a água disponível na propriedade e sua relação com possíveis hortas que auxiliariam as cantinas e o bar, para além da bela paisagem.

A visita aos espaços da faculdade, se apresentou como uma introdução ao trabalho a ser desenvolvido, onde antigos conceitos foram revisto e novos apresentados para uma futura discussão acerca da sustentabilidade deste edifício em específico, nesse sentido foram lançadas possíveis propostas para a reabilitação deste edifício aproveitando tudo o que o rodeia de modo a construir um ecosistema de metabolismo circular onde tudo se transforma e se aproveita.

Voltando para a sala, e mais uma vez para o exercício das mandalas, estas estavam trocadas, e pudemos reflectir alguns instantes sobre a imagem do trabalho desenvolvido pelos outros alunos da turma. Posteriormente fizemos um exercício que consistia em observar durante alguns segundos uma determinada cor específica e imediatamente depois cobri-la com papel branco, para que se observasse sua cor oposta. Este exercício segue o tratado das cores de Goethe, onde se apresentam as cores primárias, ou cores do cosmo, vermelho, azul e amarelo e seus opostos, as cores secundárias, ou cores da terra, respectivamente verde, laranja e violeta.

Como conclusão da aula, o professor Jacinto Rodrigues apresentou uma aula, onde explicou sobre o equilíbrio estável do ambiente, e o conceito de Biosfera, pesquisa realizada por Vernadsky, cientista da NASA em 1968.

A Biosfera é formada basicamente por pelas componentes do lugar, luz, água, terra e ar (bio+topo) e por seres vivos, classificados em produtores, consumidores e decompositores (bio+cinose).

Para além da Biosfera, deve-se considerar também a chamada Noosfera, mundo de pensamento, da criação humana, formada pela Tecnosfera.

E esta relação da Biosfera com a Noosfera actualmente está gerando uma ruptura no sistema, e acarretando o esgotamento, a contaminação e exclusão social.



Além das explicações teóricas sobre o tema também foram apresentados diversos exemplos de actividades práticas desenvolvidas por diversos países.
(ver vídeo em anexo).

Acta realizada por: Andrea Carolina Correia e Paula de Sousa Cicuto

13.5.08

Sobre a disciplina de Ecologia Urbana. Breve Nota.

Caros amigos e amantes do ambiente. Antes de mais um pedido de desculpa pelo facto de este blogue estar inactivo há tanto tempo, mesmo que por motivos que nos foram alheios. Mas esses tempos de inércia terminaram, esperemos que de vez, e que de futuro seja possível mostrar o que tem sido feito, e o que irá ser feito, na disciplina de ecologia urbana do quinto ano da FAUP. É um privilégio, uma honra, mas também uma grande responsabilidade ser o porta-voz da disciplina neste blogue. Há muito para contar relativamente as actividades que foram feitas ao longo do ano lectivo, desde visitas de estudo, workshops, assim como actividades elaboradas durante as aulas. Como o ano vai longo, começarei pelas actividades mais recentes, até chegar as actividades mais longínquas no tempo. Como podem verificar não houve, até hoje, mais do que um “post” relativamente a assuntos directamente ligados à disciplina (visitas de estudo, visitas de arquitectos, workshops, actividades em geral). As actividades elaboradas nesta disciplina, por mais pequenas que sejam, são de extrema relevância para a formação e crescimento enquanto alunos e futuros profissionais de arquitectura, mas acima de tudo, enquanto indivíduos que necessitam de actuar, de ser pró-activos nas questões ambientais, assim como no dia-a-dia. Apesar de haver cada vez mais informação, e cada vez mais sinais preocupantes que revelam os verdadeiros estragos e efeitos da força poluidora (destruidora) do Homem sobre a natureza, as mudanças de atitude por parte do Homem perante esses problemas, não estão, aparentemente, a ser suficientemente céleres para a sua resolução. Cabe-nos a nós, alunos e visitantes deste blogue, tomar um papel activo na alteração da mentalidade dos que nos rodeiam. A ideia de que “não vale a pena ser ecológico porque ninguém o é”, é uma ideia que deve ser posta de parte, pois só através do exemplo teremos influência sobre as outras pessoas. Muito em breve, colocarei mais informação no blogue relativamente as actividades das aulas. Até lá, um Forte Abraço, Tiago.